Ninguém pode saber que a reencarnação existe!
Isto não é correcto. Voçê pode falar de si próprio. Mas não de todos.
Dizer que algo não existe simplesmente porque não temos a experiência ou a prova é um exemplo de trabalho errado do centro intelectual. Esse é o pecado dos céticos. Se não soubermos, simplesmente reconhecemos que não sabemos. Isso mantém a mente aberta e então podemos aprender coisas novas. Neste caso, aprendemos que a manifestação é muito, muito mais rica do que a nossa limitada realidade física demonstra.
Há inúmeras pessoas que têm experiências metafísicas e conhecimento direto. Isto não contradiz de forma alguma a Realização da nossa Verdadeira Natureza e, embora a metafísica possa tornar-se uma obstrução em certos casos, em outros casos pode ajudar.
Como podemos saber que ela existe?
Conhecimento intuitivo, memória e consciência da profundidade e da idade da alma. Até que isso seja estabelecido em experiência direta, existem técnicas que podem ser usadas para educar nossa percepção, caso estejamos interessados. A maioria das pessoas está bem sem esse conhecimento e tal conhecimento não é uma condição para a Realização Espiritual. Conheci pessoas que me parecem ser sábios, que não têm nenhum conhecimento metafísico.
Você sabe quantos anos você tem nesta vida, e tem consciência e conhecimento das coisas que experimentou e das mudanças que sua personalidade, seu caráter e seu corpo sofreram nesta vida. Da mesma forma, há um aspecto mais sutil de nossa manifestação como indivíduos que têm a mesma perspectiva da experiência através de múltiplas vidas. Esta personalidade e este nome morrem com este corpo, mas uma “pessoa” mais sutil persiste.
O fim do ciclo de encarnações não tem relação causal com a Realização Espiritual ou vice versa. A realização de nossa Verdadeira Natureza é independente e não está relacionada a essas experiências; embora a maturidade e a sabedoria adquiridas através do tempo certamente tenham um impacto sobre a Realização ocorrer nesta vida ou não.
Quando falamos da “maturidade do aspirante”, é exatamente disso que estamos falando: maturidade da alma. É a alma que está madura, não apenas esta personalidade passageira. É uma parte muito mais profunda, ampla e substancial do nosso ser que convida e é “madura” para a Realização.
Só precisamos ser um pouco observadores para perceber que pessoas diferentes têm idades de alma radicalmente diferentes. Não há tempo em uma vida para crescer desde a pessoa mais ignorante até a mais sábia. Se pudermos deixar de lado nossa bússola intelectual exagerada por um momento, notaremos que isto pode ser tomado como evidência de que nossas vidas são muito, muito mais longas e mais ricas do que apenas esta vida.
É preciso mais de uma vida no plano físico para que todas as besteiras que aprendemos a tomar como verdade sejam eliminadas da psique.
O foco do trabalho espiritual é esta vida só, certamente, ou para ser mais específico, só este momento. Como poderia ser de outra forma? Mas a noção de que somente esta única vida está disponível para nos permitir ir da imaturidade e estupidez até o Amor, a Verdade e a Beleza não é realista.