- Eu tive o Vislumbre. Mas o sofrimento psicológico volta. Quero uma realização final.
É justo.
O sofrimento psicológico é uma dor de cabeça desnecessária.
Mas o estado de espírito de querer a realização final apóia a busca.
De forma alguma convida você à realização final.
É uma imaginação sem sentido.
A mente que imagina “você” realizado ou iluminado é uma armadilha.
Se você repetir: “Eu quero a realização final”, significa que não está prestando atenção ao que foi realizado no Vislumbre.
E agora você está dizendo a si mesmo que é algo diferente da Consciência.
Isso é falso.
É um pensamento errado.
Deixe-o de lado, fique quieto e veja o que existe na ausência ou além do pensamento sobre você.
Você não “teve” um Vislumbre.
Lembre-se do que você é.
Se isso não der certo, você deve passar para o plano B e fazer mais lição de casa.
Observe mais profundamente e com mais atenção os padrões mentais e emocionais de sofrimento e entenda como eles se baseiam em ideias ou crenças falsas sobre você.
Eles surgiram em sua vida devido ao condicionamento mental-emocional e ao trauma.
Algum adulto disse ou fez algo a você, e você absorveu o lixo e aprendeu a pensar em si mesmo e a se sentir como algo diferente da Consciência Livre.
Os componentes da personalidade que criam e apóiam o sofrimento devem ser conhecidos.
Estar consciente não é o fim do caminho, mas é crucial; é um requisito.
Observe atenta e claramente a psique.
Reconheça o falso como falso. Há sete padrões de sofrimento. Encontre o seu.
Quando você vê que isso se repete continuamente e reconhece sua falsidade, há liberação.
Neti-neti.
Eu não sou isso, não sou aquilo.
Faça isso várias vezes e esses padrões não incomodarão mais você, mesmo que sejam acionados.
Eles se tornam como ondulações na costa do oceano.
Não projete você mesmo na perfeição percebida, ou melhor, imaginada, de sábios e “pessoas iluminadas” como Buda ou quem quer que seja.
Isso também é um uso incorreto da mente.
Inspiração é uma coisa, mas tentar ser como eles é inútil.
Para começar, não era isso que eles estavam ensinando.
Ver o falso como falso é a Realização.